O Programa Medicina Integrativa recebe Marcelo Fernandes Caminha.
Marcelo Fernandes Caminha nascido em Guarulhos SP. Até os seus 38 anos, ou seja, há uma década atrás não revelava nenhuma particularidade física que chamasse atenção, pelo contrário, desde cedo sempre teve uma vida ativa gostando de praticar esportes e com forte influência da família ligada a área da saúde: o pai médico – ginecologista/obstetra e a mãe fonoaudióloga. Formou-se em direito e se especializou em TI (Tecnologia da Informática). Algum depois transferiu-se para o Rio de Janeiro. O divisor de águas tem início em 2014 algum tempo depois de estar vivendo uma vida estável com sua mulher Ada e uma filhinha muito desejada a Giovana, e trabalhando em uma grande Empresa multinacional francesa na área de TI (Tecnologia da Informática). E não mais que de repente o mundo desabou em cima de sua cabeça. Um sintoma forte de gripe o empurrou a procurar uma unidade hospitalar onde fez alguns exames de rotina como um hemograma. A partir daí como um novelo de lã em sua linguagem, um novo quadro foi se delineando com hematócritos muito baixos e outros indícios até se descobrir ser portador da síndrome NEM 1 (uma Neoplasia Endócrina Múltipla do tipo 1, a mesma doença que acometeu Steve Jobs) Através de exames mais específicos, detectaram tumores primário no Pâncreas e Duodeno, além de úlceras tumorais no estômago e tumores secundários no Fígado (metástases hepáticas). Em consequência da síndrome as paratireoides também foram afetadas.
A partir de 2014 Marcelo é submetido a uma sucessão de cirurgias para remover um grande tumor no Duodeno, 3 pequenos no Pâncreas e 3 Hepáticos. Daí é submetido até à cirurgias desnecessárias. Em 2022 apesar de estar monitorado pela quimioterapia os nódulos do pâncreas voltaram a crescer necessitando retornar ao ciclo cirúrgico, desta feita uma Pancreatectomia parcial com remoção da cabeça do Pâncreas.
Paralelamente aos eventos citados já em 2014 Marcelo relata a incidência de um outro raio simultâneo em sua trajetória de vida o “Parkinson na época adocicado com o termo Juvenil” devido a sua pouca idade. Pela compreensão de Marcelo essa duplicidade não tem nenhuma ligação sendo absolutamente gratuita. Não há nada na literatura médica que associem as essas duas doenças e ambas são bem raras. A NEM 1 acomete 1% da população mundial e o Parkinson Juvenil idem, mas, tudo isso cai como uma luva para trazermos à cena a figura de Prometeu condenado eterno a ter o seu fígado comido diariamente pelos abutres. O motivo de tão cruel castigo foi a insubmissão de Prometeu a Zeus e a sua coragem em planejar e roubar o fogo sagrado dos Deuses cujo significado era a sabedoria, para doá-lo aos homens.
Hoje com 48 anos de idade se herdou doenças através do seu DNA recebeu como compensação um legado de superação através da experiência de vida ancestral. Dez anos depois do diagnóstico de Parkinson Juvenil ele está sendo capacitado para a cirurgia de colocação do DBS, 2 eletrodos que são inseridos no cérebro e que amenizam os sintomas do Parkinson.
Frases favoritas: “Sou um lutador de vale tudo da vida ”
“Never give up”
“Só termina quando acaba”
#focoforçaeféamrelata