O Programa Falou e Disse recebe Flávio Serafini.
O Deputado Flávio Serafini nasceu em Niterói filho de Ângela e Fiora um argentino refugiado no Brasil que também passou por um período de ditadura, e que vive aqui até hoje, pois virou um dos nossos, quer como amigo ou cidadão. Essa “dupla” nacionalidade de Flávio forjou o homo politicus que se tornou, despontando precocemente aos 16 anos quando participa com outros estudantes do movimento em defesa do passe livre. Daí, tão logo entra na Universidade Federal Fluminense (UFF) onde fez, não por acaso sociologia, se integra ao Diretório Central dos Estudantes. Sua vida profissional como professor foi através da rede estadual e privada (2005) e após como professor na Escola Politécnica de Saúde J.V. da Fundação Oswaldo Cruz. Em 2007 Flávio passa a se dedicar à vida política liderando com outros companheiros a fundação e construção do PSOL – Niterói. Foi presidente da Entidade em 2 gestões. Em 2014 lança sua candidatura à deputado estadual tendo sido eleito em 3 períodos consecutivos, completando esse ano 1 década de extraordinárias experiências não só em defesa da Educação, um objetivo sempre presente em sua carreira, como na viabilização de um Estado Fluminense com independência e soberania. Chamo atenção para o ano de 2019 quando presidiu na ALERJ uma CPI sobre a falência do RIOPREVIDÊNCIA e que durou 2 anos e meio. Esse acontecimento tem um enredo de filme holywoodiano ainda mais pelo cenário onde ocorreu, ou seja, a cidade de Delaware nos EE UU, mais conhecido como “paraíso fiscal” onde inúmeros crimes fiscais são cometidos. Alí a Empresa “Rio Oil Finance Trust” assina com o Rio Previdência um contrato em inglês, sem tradução, com cláusulas leoninas, onde foram tramadas operações financeiras numa espécie de Cassino Virtual. Ato contínuo passam a emitir debêntures em cima dos futuros recebíveis financeiros, vindos dos royalties do petróleo. Ou seja, um desvio criminoso antecipado, dos cofres do Instituto dos Aposentados e Pensionistas do Estado para servir de apoio a papéis de apostas, as tais “debêntures”.
A atenção de Serafini também se voltou para a situação crítica do Estado Fluminense como um dos maiores devedores da Federação, dívida está com tendência a um crescimento exponencial que vem se prolongando através de várias gestões atravessando décadas. Uma das soluções propostas pelo Deputado e sua bancada, na época, era conseguir instituir uma CPI da Dívida e onde as verdades pudessem vir à tona. Outra solução: pedir ressarcimento ao Governo Federal sobre as perdas fluminenses, após o advento da Lei Kandir que pelos cálculos daria quase prá zerar endividamento com a União. Para quem não sabe essa Lei tirou o ganho do ICMS através das exportações dos produtos básicos e semiprocessados como no nosso caso o petróleo bruto e seus derivados; minerais etc. A perda estimada em 26 anos da Lei é de centenas de bilhões de reais. Os Estados foram ao STF cobrar a compensação prometida, mas o acordo nunca foi cumprido. “E da missa, devo ter contado a metade”. Em resumo, o RJ vem enfrentando uma situação crítica tornando difícil para um legislador encontrar respostas adequadas para resolvê-la. Com todo o potencial que possa ter um deputado como Serafini, vamos convir que ele não é o gestor. E vamos combinar: as escolhas do eleitorado fluminense a nível da governança do Estado no século XXI me deixa perplexa! Resumindo, a situação atual do Estado Fluminense que vive há quase uma década num regime especial chamado de “Recuperação Fiscal” (Lei RRF – 159/2017) não é coisa pouca. É o 3º Estado com maiores despesas fiscais e, com dificuldades crescentes em ativar suas antigas indústrias que iam do petróleo à siderurgia, passando pela construção naval. Hoje, apresenta junto com 11 estados, os piores índices de desenvolvimento do país e dentro da região sudeste ocupa o último lugar. Sem estudos detalhados e verdadeiros sobre as causas da decadência, resolveram escolher um “bode expiatório” a Previdência dos Servidores que, como relatamos anteriormente vem sendo usada e abusada como moeda de troca ou melhor de confisco desde a história de “Delaware”. Então, Serafini discute hoje o Projeto de Lei 6 035/2025 que permite a transferência pura e simples dos royalties do petróleo para atender a insolvência do ERJ com a União. Solução ou Confisco? Eis a questão. E de onde vai sair o dinheiro para pagamento dos salários dos aposentados? Dá-se um jeito? Gosto do ditado de que “uma andorinha só, não faz verão”. Por isso convoco a todos para se unirem a Flávio Serafini em defesa não só do nosso Estado do Rio de Janeiro como do Rio Previdência. Vejo nele uma liderança comprometida com tudo que se refira ao bem-estar público seja na área de serviços ou de formação, na defesa dos direitos das populações e, na independência e soberania do nosso Estado e País. Suas pautas são de difícil êxito, pelos entraves de grupos poderosos, essa é a verdade! E para finalizar gostaria de fazer um programa específico sobre a segurança pública do Estado e da cidade do RJ. E não se esqueçam que os sistemas são interligados e, portanto, tudo tem a ver com tudo.
E como contribuição de antecipada de Flávio Serafini vamos retransmitir sua fala:
MAIOR CHACINA DA HISTÓRIA DO RJ | Vamos à Justiça internacional, exigir CPI e impeachment de Cláudio Castro
O Rio de Janeiro viveu a maior chacina da sua história recente. Mais de 130 pessoas mortas, moradores, suspeitos, policiais e trabalhadores, em uma operação que escancarou o fracasso e a crueldade da política de segurança pública de Cláudio Castro. Uma ação ilegal, planejada para matar, sem objetivo estratégico, que transformou as favelas da Penha e do Alemão em um campo de guerra.
Diante dessa barbárie, não vamos ficar calados. A bancada do PSOL, junto com outros partidos da oposição, vai denunciar o Estado do Rio de Janeiro à Corte Interamericana de Direitos Humanos; pedir a abertura de uma CPI na Alerj para investigar as responsabilidades diretas do governador e dos secretários de polícia e apresentar um pedido de impeachment de Cláudio Castro, por crime de responsabilidade e violação massiva dos direitos humanos.
Castro tenta culpar o governo federal e terceirizar responsabilidades, mas essa tragédia é fruto da sua política de extermínio, da lógica de guerra às favelas e do uso da violência como palanque eleitoral.
Nenhuma sociedade sobrevive quando o Estado se transforma no seu maior inimigo. O que o Rio precisa é de inteligência, planejamento e respeito à vida, não de massacres transmitidos ao vivo como espetáculo político.
Seguiremos na luta até que cada responsável por essa chacina pague pelo que fez. Paz para as favelas. Justiça para as vítimas.
#Chacina #CPIJá #Impeachment #DireitosHumanos #ForaClaudioCastro #RioDeJaneiro
Niterói, 08 de novembro de 2025.
Helena Reis
