Ana Perez

Eu sou Ana Perez, psicóloga e psicanalista.

Desde os 13 anos de idade, já tinha escolhido essa profissão.

Sempre me interessei pela clínica, pelo consultório particular e também pela Saúde Coletiva, ou seja, sempre gostei de trabalhar com o “micro” e com o “macro” em Saúde Mental.

Fui construindo a minha clínica desde cedo, recém-formada, e ao mesmo tempo sempre procurando trabalhos em grupo e que discutissem a realidade e o contexto social em que os fenômenos clínicos aconteciam.

Também me interessei por diversos temas dentro da clínica, como o atendimento de crianças, adolescentes, adultos e agora idosos. Por isso, além de uma formação em psicanálise individual, procurei o IBRAPSI (já extinto) cujo nome já diz a que veio: Instituto Brasileiro de Psicanálise, Grupos e Instituições, cuja formação sócio analítica me preenche e constitui até hoje. 

Fiz uma especialização, uma pós-graduação em Saúde Materno Infantil, na Maternidade Escola da UFRJ, onde pude aprender muito sobre o início da vida. Guardo esses anos com muito carinho, aprendi com professores que considero meus amigos queridos até hoje. Dentro deste assunto, meu interesse se voltou para as diferentes formas de nascer e ser acolhido, em especial a adoção. Trabalhei alguns anos com pais adotivos ou pretendentes a adoção junto à primeira Vara de Infância e adolescência. 

Meu mestrado foi no IMS, Instituto de Medicina Social da UERJ, onde me aprofundei bastante na Saúde Coletiva e na compreensão da necessidade de tornar o conhecimento adquirido acessível à população, de uma forma geral.

A partir daí, fui indicada para trabalhar numa pesquisa (INCA/MS), num projeto lindo chamado “Comunicação de Notícias Difíceis”, onde trabalhávamos com as equipes de saúde dos hospitais públicos, procurando dar suporte aos profissionais de saúde que trabalhavam com doenças terminais.  Tudo isso virou um livro com o mesmo nome, onde cada um dos participantes (amigos/irmãos com quem convivo até hoje) escreveu um artigo, relatando a sua experiência. Ao participar desse trabalho, tive o meu primeiro contato com o tema da morte dentro da clínica.

Mas foi na clínica particular, começando atender idosos e principalmente a partir da experiência de acompanhar meus falecidos pais em sua trajetória de vida e morte que me aprofundei no tema do final da vida.  Fui estudar com o pessoal da SBGG, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, onde tive a grata surpresa de encontrar um olhar para o indivíduo idoso como um ser social, que fez todo sentido para mim, considerando minha trajetória.

 E é aqui que me encontro agora, fazendo este programa que para mim reúne tanto a clínica particular quanto a experiência em Saúde Coletiva! Poder transmitir o que aprendi esses anos todos me realiza e espero poder contribuir com a trajetória daqueles que se dedicam aos cuidados com idosos, o futuro de todos nós que tivermos a sorte de chegar até aí.