O programa “ Falou e Disse” entrevista Luiza Perin
Nesta 5ª feira, dia 24 de março de 2022 às 16:30h, o programa “ Falou e Disse” com Helena Reis na Taba TV entrevistará LUIZA PERIN a jovem que não teme o perigo!
Bióloga marinha, remadora da Canoa Polinésia, ecologista de 1ª linha, também pratica “stand up Paddle” (equilíbrio em prancha) é versada em travessias marítimas em longas distâncias como de Itaipu à Ilha Grande; já participou de torneios no mar de Honolulu enfrentando todos os perigos dos mares, incluindo seus habitantes. Além de todo o preparo físico e emocional também sabe pensar. Daí publicou o Livro “Vou de Canoa” com pesquisa histórica- geográfica sobre as Ilhas Polinésias onde destaca a origem e cultura de seus povos.
“VOU DE CANOA” – É o Livro publicado em 2020 por LUIZA PERIN, onde ela narra não só suas aventuras, aqui bem perto no Atlântico Sul, indo de Charitas até a Ilha Grande, remando sozinha 28h, como também no Oceano Pacífico lá no Havaí nas Ilhas Polinésias, terra onde surgiu essa prática. Daí porque o esporte da canoagem é conhecido indistintamente como Canoa Polinésia ou Havaiana. O interessante do Livro é observar como nossas experiências sejam elas árduas, difíceis, perigosas, emocionantes ou tranquilas tem um efeito sobre nossas vidas que podem nos enriquecer ou nos destruir. Essa dicotomia nem sempre vai depender, como muita gente imagina, dos resultados alcançados de vitória ou fracasso e sim, da percepção da vida como um processo de aprendizagem sempre acompanhado de acertos e erros. O momento mais eletrizante de suas aventuras foi durante a prova que cruza o Canal entre as Ilhas Maui e Moloka´i, no Havaí onde participou remando uma prancha de stand up paddle. O Canal recebe a alcunha de Canal dos Ossos onde muitas vidas foram tragadas por ondas, ventos, tubarões. São 32 milhas ou 52km2 e suas ondas atingem até 3m de altitude e os ventos 25 nós. No dizer de todos: “Este Canal não é para qualquer um”. Luiza Perin foi a última a chegar entre centenas de participantes de múltiplas nacionalidades e por paradoxal que pareça, é quando revela total maturidade com a maior das vitórias: a de superar-se, vencendo o cansaço, o esgotamento físico e o medo aterrador. Exatamente por isso, esse fato passa a ser sua marca registrada. Quem seria capaz de ir até o final de uma prova sendo perseguida por um tubarão-tigre de 4 metros e meio, com a barbatana à altura dos seus joelhos, se equilibrando numa prancha no mar revolto? Cada remada poderia levá-la à morte ou à glória. E ela resiste sem apelação!
Perin descreve a cena falando em ritmo e cadência. Quando invadimos o território do outro, temos de respeitar seus processos e entrar em sintonia. Sem sermos parceiros, seremos expulsos ou tragados. Então, experiências relevantes como essa, devem ser passadas adiante, a exemplo do que faziam nossos ancestrais. E Luiza segue à risca esse preceito, não só através da literatura mas, de forma didática, implantando projetos sócio ambientais direcionados ao público jovem onde o esporte é o fio condutor para a evolução cultural integrada envolvendo as várias áreas do conhecimento. Esse é o modelo da sua contribuição cidadã direcionada à preservação do planeta e sua população. A coragem de Perin pode levá-la muito mais longe mas hoje, ela ainda não sabe que isto seja apenas o começo!
Voltando à literatura, Luiza não rema simplesmente uma Canoa Havaiana, àquela da sintonia fina em parceria com o tubarão, ela também restabelece com o povo da Polinésia que séculos atrás, remava não como um esporte moderninho de hoje, mas, na exploração e conquista de novos territórios. E assim, esse lado oriental do mundo, tão pouco conhecido na nossa banda de cá, nos é mostrado e analisado de múltiplas formas, inclusive a linguística.
Como entrevistadora daríamos conta de tantas nuances envolvendo esporte, literatura, geografia, ecologia e história? Como na vida nada é por acaso, de repente, acontecimentos relacionados à morte, me aproximaram de Zezinho Gomes. Quem é ele? Um ser maravilhoso, do porte de uma Luiza Perin e capaz de transitar nesse mar de tubarões.
JOSÉ CARLOS é oceanógrafo, mas também navega na canoagem. E pasmen, a partir do Clube Moai Va´ sede da Canoa Polinésia no Flamengo do outro lado da baía. Por último, optou há alguns anos em ampliar seus estudos na área de história e ninguém duvida que será um historiador de mão cheia. De forma que será ele quem vai extrair da PERIN todo o suco da fruta. Só espero que não seja só do abacaxi havaiano!
Assista a entrevista ao vivo pelo Youtube, clicando na imagem abaixo:
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