O programa “Falou e Disse” entrevista, Aparecida Santos e Vânia Rosa
Nessa terça-feira dia 18 de janeiro às 17h o programa “Falou e Disse” com Helena Reis estará recebendo a professora Aparecida Santos e Vânia Rosa ativistas de movimentos sociais para discutir “QUAIS AS SAÍDAS PARA OS SUPER POBRES: EXTERMÍNIO OU POLÍTICAS PÚBLICAS?”
HORA E A VEZ DOS SUPER POBRES
Dando continuidade ao debate da semana passada em que discutimos a proteção do Estado aos SUPER RICOS, vamos hoje ver o reverso da medalha ou seja, a intencionalidade desse mesmo Estado em ignorar a maior parcela de sua população MISERÁVEL como estratégia de perpetuação dos privilégios dos 1% dos S. R. mencionados. Por isso quero trazer nessa discussão a contribuição de um pensador francês Michel Foucault que criou um conceito chamado de BioPoder. Afirma que o controle dos indivíduos começa no corpo como uma realidade biopolítica. Em seus estudos, revisita a Idade Média no período das grandes epidemias que assolaram o Continente com o inchaço das cidades e as condições insalubres somadas à precária alimentação. Foi quando instaura-se um novo mecanismo de poder responsável por gerir a vida e ajustar os corpos aos aparelhos de produção tornando-os dóceis e úteis de tal forma que se possa deixá-los viver quando se submetem ou fazê-los morrer caso se insurjam. Centenas de milhares de cidadãos foram postos à margem, sem preocupação com seu estado de penúria ou empobrecimento, e deixados morrer à mingua. O poder tomou a si a responsabilidade da gestão da vida e exerceu esse direito em nome do povo, do seu espaço vital e da sua sobrevivência. Escamoteado no cuidado com a vida, em seu bojo estava embutido a exigência contínua e crescente da morte em massa como uma violência depuradora validando a morte de milhões para a sobrevivência dos demais.
No Brasil, durante a pandemia a mesma lógica é escancarada. O que é a propagada imunidade de rebanho senão a técnica de deixar morrer milhões para a sobrevivência dos pseudo “mais fortes”. Se seguirmos o fio condutor da história chegaremos às raízes do holocausto não só judeu, mais de outros povos do leste, das bombas de Hiroshima e Nagasaki, da guerra química americana contra o Vietnam, em nome da proteção da vida se pratica a eutanásia ou o extermínio frio e calculado. A face do biopoder legaliza na prática o racismo, a violência contra os mais frágeis e os mais pobres no Brasil e no mundo. Seria útil lembrar das chamadas tragédias como do Rio da Guarda, chacinas de Padre Miguel e tantas e tantas outras. Na semana passada vimos com DÃO REAL, como seria fácil se fazer uma justiça social com uma mera taxação aos ricos . Vamos então ao debate de hoje com duas mulheres que clamam por justiça social e se antecipam às funções do Estado tal a urgência em manter a sobrevivência dos desvalidos.
Quem é CIDA ou APARECIDA DOS SANTOS?
Essa professora universitária é graduada em Administração e mestra em Ciências Ambientais. O convite entretanto, veio muito mais da sua práxis do que do seu conhecimento teórico. Nossa CIDA que por mera coincidência apresenta com Regina Souza um programa na TABATV chamado “MULHERES DE LUTA E RESISTÊNCIA” ao verificar durante a pandemia a situação de calamidade existencial dos miseráveis em situação ou não de rua, não esperou a ação ineficaz do Governo e meteu a mão na massa. Daí organizou o Coletivo de Solidariedade “Corrente do Amor” para fornecer marmitas e cestas básicas a moradores de rua e em condições de vulnerabilidade.
Quem é VÂNIA ROSA?
Militante ativista de Direitos Humanos; Coordenadora do Fórum Permanente sobre pessoa adulta em situação de Rua da cidade do Rio de Janeiro; Presidente Fundadora do Projeto JUCA e do Coletivo RUA SOLIDÁRIA RJ 2020. VÂNIA se distingue como ex moradora de Rua e seu trabalho vem ganhando cada vez mais força nesses 6 anos de atuação. Venham conosco debater esse problema, não pelo ângulo meramente assistencialista mas como uma necessidade de garantir políticas públicas aos pobres de todo o tipo até chegar ao fundo do poço nisso que se convencionou chamar de “pessoa em situação de rua” e que atinge cifras cada vez mais elevadas.
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Vem pra Taba!