O programa “Falou e Disse” entrevista Edmilson Costa
O que seria mais importante: a luta de classes, a luta de raças ou de gênero? Este é um dos debates que mais divide a esquerda no Brasil a ponto de minimizar os problemas de origem econômica e que são na verdade o ponto nevrálgico de todos os conflitos. É só pensarmos no dito popular que declara a alto e bom som que por dinheiro a maioria vende a própria mãe para concluirmos ser a ideia um grande engodo uma vez que o conjunto da população de modo geral, não sabe se defender minimamente a favor dos seus interesses de classe, nem vai à luta contra Leis que ferem a autonomia do país e do seu povo. Sem sombra de dúvida é visível a grande dificuldade do cidadão em entender com clareza as questões denominadas ideológicas e que nos atiçam a brigar com nossos próprios irmãos sem saber exatamente qual a causa defendemos ou em que campo de conflito estamos. No estudo da filosofia, uma das questões que mais chamam a atenção é quando o professor nos mostra com clareza como absorvemos um raciocínio alheio que achamos interessante por algum motivo e. começamos a repeti-lo como se fosse nosso ou seja roubamos um pensamento de outra pessoa, passando a chamá-lo de “meu”. Por isso é bom repetir: “Quando pensamos que pensamos, muitas vezes somos apenas replicadores do pensamento de terceiros”. E se o pensamento alheio nos for prejudicial ou incorreto? Aí é demais. Estaremos dando tiro no nosso próprio pé. Muitas vezes, a nossa organização de mundo pode acabar sendo limitada por não elaborarmos um pensamento próprio com nosso esforço e que possa estar sujeito à críticas e revisões. Com esse preâmbulo quero realçar as qualidades do nosso entrevistado o professor Edmílson que se debruçou no estudo do pensamento neoliberal vindo do final do século XX , ganhando força no início do XXI e que hoje já apresenta sinais de declínio, mesmo que as pessoas ainda não tenham se dado conta disso. O liberalismo reúne uma série de princípios e regras principalmente de cunho econômico e as quais tanto os países como as suas populações devem seguir e defender como verdades absolutas mas que atuam concretamente como palavras de ordem, sem estarem sujeitas à críticas ou contestação. Houve um momento no Brasil em que o Presidente FHC era endeusado por ter acabado com a inflação mas, uma voz se levantou revelando o grande engodo. Foi esse Professor aqui que teve essa coragem de divergir da grande corrente do pensamento único naquele momento. Não queremos nessa entrevista, que o professor Edmílson pense por nós, preferimos considerá-lo um provocador contumaz ou seja aquele que entende que o comum dos mortais não precisa andar à reboque de ninguém, e é sem dúvida nenhuma capaz de construir sim, um pensamento crítico e construtivo a partir de sua própria experiência de mundo e de vida. Portanto, um professor tem a função de questionar, de explorar os paradoxos, de suscitar celeumas, de levantar as contradições, de problematizar, de planejar soluções, de provocar inquietação. E é isso que esperamos do nosso entrevistado.
Edmílson Costa é formado em Comunicação Social na Universidade do Maranhão mais tarde fez doutorado e pós doutorado em Economia na UNICAMP a Universidade de excelência de Campinas (1996 e 2002). Importante também é mostrar sua trajetória política não só como membro do PCB como candidato a cargos eletivos em 2008 para a Prefeitura da Cidade de São Paulo e a Vice-Presidente da República na chapa de Ivan Pinheiro em 2016. Edmílson publicou cerca de Cinco Livros cujos textos são básicos para amadurecer nosso espírito muitas vezes irrequieto e desprotegido:
- O Imperialismo (Global Editora , 1989 )
- A Política Salarial do Brasil (Boitempo Editora – 1997)
- Um projeto para o Brasil (Tecno-Científico 1998)
- A Globalização e o Capital Contemporãneo (Expressão Popular Pop. 2009)
- A Crise Econômica Mundial e a Globalização no Brasil (Inst. Caio Prado Júnior-2013)
- Reflexões sobre a Crise Brasileira ( Editora Ciência Revolucionária 2020)
Com certeza esse debate será rico e vai deixar um gosto de quero mais.
Aguardamos vocês!
Assista a entrevista ao vivo pelo Youtube, clicando na imagem abaixo:
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