O Programa Falou e Disse recebe João Batista Lemos e Osvaldo Maneschy.

João Batista Lemos é um metalúrgico que inicia suas atividades profissionais em 1974 em plena ditadura militar em Campinas/ SP como metalúrgico na Fábrica GE de Locomotiva. Em 1977 se transfere para São Bernardo no ABC indo trabalhar na Volkswagen onde permanece alguns anos, acumulando experiências não só de trabalho como de liderança política. Desde 74 filiou-se ao PC do B mesmo atuando na clandestinidade.

O jornalista e escritor Ismael Machado no ano passado (2023) escreveu o Livro intitulado “Memórias Vermelhas” onde retrata a vida e a Luta de João Batista num dos períodos mais tensos e repressivos da nossa história. O prefácio foi escrito por Jandira Feghali e Nivaldo Santana. O livro de 400 páginas se baseia no relato e avaliação pessoal do próprio João numa trajetória cujo cenário era o mesmo do até então desconhecido Lula da Silva. É fácil concluir que eles acabaram se esbarrando em algum momento e na 5ª feira vamos poder saber de viva voz, alguns detalhes do percurso. Quais foram as lições da luta operária contra a ditadura e pela democracia, quais eram os movimentos afins? Sem querer dar spoiler podemos apenas dar a dica da união do movimento operário com a Igreja Católica no momento em que vinha à tona a construção da Teoria da Libertação. E foi através da JOC (Juventude Operária Católica) que os atos se multiplicavam. Em resumo reproduzimos um trecho da análise de Jandhira sobre o Livro: “João Batista sempre esteve junto com a classe operária e no mundo do trabalho que a envolve através dos avanços da tecnologia, e alterações decorrentes das crises capitalistas.”

Em 1980 João Batista por ter sido escolhido por Lula como uma das lideranças do comando de greve da Volks foi mandado embora. O fato não arrefeceu seu ânimo e nem sua coragem de lutar. No ano seguinte liderou uma ocupação de um conjunto de casas em Centre Ville que depois de construídas foram abandonadas e, conseguiram alcançar sucesso total!

 

Oswaldo Maneschi, mora em Niterói, é jornalista formado na UFF e Escola de Políticas Públicas e Governança na EPP; Conselheiro da ABI e Assessor de Imprensa do PDT.

Trabalhou em jornais como o JB e o Globo e também em Rádios.

Durante o Governo de Leonel Brizola trabalhou como subsecretário de Imprensa e organizou um Livro de 240 páginas sobre as ideias e pensamentos conclusivos de Brizola como legalidade e soberania; além disso é um manancial para se compreender a problemática brasileira desde o seu processo social passando pelas questões trabalhistas, econômicas, políticas, pela mídia, além da violência e da pobreza. Uma frase de Brizola nos faz refletir e entender os dias atuais: “Os golpes só prevalecem na desinformação”.

 

Niterói, 20 de agosto de 2024.

Helena Reis